ARTIGO – TRABALHO DE AULA

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Trabalho de aula
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Neiff Satte Alam*
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Evolução Tecnológica, este era o tema proposto pelo professor. O alunos, todos entre dez e onze anos, começaram a procurar aparelhos e equipamentos antigos que tinham alguma semelhança com os mais modernos. Telefones que se conectavam diretamente com uma central com telefonista que repassava as ligações; rádios que tinham um aparelho com corda para mudar as estações e utilizavam uma coisa chamada válvula; um aparelho chamado mimeógrafo, manual, usava álcool e uma matriz com gesso e servia para fazer cópias – muito estranho!
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Aliás, tudo muito estranho, mas a surpresa estava para acontecer: uma máquina de escrever enorme, fantástica tecnologia, assim manifestada pelo Neiffinho, meu filho de 10 anos: “Que maravilha! Não tem nenhum fio ligando a máquina a uma tomada e, quando tocamos a tecla a letra já sai impressa em uma folha, não há necessidade de energia elétrica…”
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O que não sabiam estes pequenos aprendizes é que estes equipamentos foram utilizados para difundir, ampliar e produzir os conhecimentos necessários para criar toda esta tecnologia hoje disponível. As calculadoras, antes totalmente manuais, fizeram as operações matemáticas necessárias para a construção das elétricas, das eletrônicas, das com chips, das que se embutiam em outras máquinas da mesma forma idealizadas, os computadores que, por sua vez, foram integrando todos os antigos equipamentos, hoje prontos para se alojarem em prateleiras de museus.
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Difícil explicar às crianças que, utilizando uma simples máquina de escrever manual, Érico Veríssimo escreveu sua obra e, sem nenhuma máquina e com uma caneta rudimentar, Olavo Bilac escreveu seus poemas. Mas estes exemplos e o conhecimento da história da evolução destas maravilhas tecnológicas do séc. XXI, torna evidente e muito clara a importância do homem neste processo, principalmente por criar facilidades na busca de informações e da substituição de seus periféricos biológicos por periféricos eletrônicos, com isto tornando-se mais fácil a busca de novos conhecimentos, equipamentos mais eficientes, inclusive capazes de, em telas de apenas 7′(polegadas), substituir o rádio, a máquina de escrever, a televisão, o jornal, a impressora, a calculadora, o telefone, a máquina fotográfica e, em alguns casos, até o papo com os amigos.
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Aguardemos o momento em que toda esta tecnologia permitir que voltemos às conversas entre os amigos, os parentes, nas rodas de chimarrão e que, finalmente as pessoas se reencontrem.
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Ah!Ia esquecendo, o trabalho das crianças foi muito interessante, conversamos muito, interagimos positivamente, acho que o futuro é promissor…
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*Professor e um dos criadores do Pelotas Treze Horas.
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