Em clima marcado pela cordialidade e descontração, oito dos nove governadores que comandaram o Rio Grande do Sul entre 1983 e 2018 reencontraram nessa sexta-feira (26) para um almoço de confraternização em Porto Alegre. O prato principal foi bacalhau, seguido à tarde por longo bate-papo sobre política e outros assuntos, sem os acalorados embates ideológicos de um passado não muito distante.
Participaram da reunião Jair Soares (1983-1986), Pedro Simon (1987-1990), Alceu Collares (1991-1994), Olívio Dutra (1999-2002), Germano Rigotto (2003-2006), Yeda Crusius (2007-2010), Tarso Genro (2011-2014) e José Ivo Sartori (2015-2018). Faltou apenas Antônio Britto (1995-1998), radicado em São Paulo. Todos eles, inclusive Britto, participaram diversas vezes do Treze Horas.
Realizada na casa de Collares (integrante mais idoso do grupo e que completará 97 anos em setembro), a reunião havia sido combinada sete meses antes. Quem faz o meio-de-campo é Jair Soares, incumbência cujo sucesso é favorecido pela maior disponibilidade dos “colegas”, que no momento não exercem ou disputam cargos eletivos.
Mais uma vez, chama a atenção um fato inusitado sobre o atual cenário político do Estado: todos os eleitos para a chefia do Executivo nos últimos 41 anos (desde a redemocratização do País) estão vivos. Por outro lado, já são falecidos todos os que exerceram o cargo entre 1964 e 1981, em meio ao período ditatorial e sem o respaldo do voto popular.