MP-RS FAZ OPERAÇÃO CONTRA SUSPEITOS DE DESVIO EM COOPERATIVA EM PELOTAS

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Do G1 – Por g1 RS e RBS TV
MP faz operação contra suspeitos de desvios milionários de cooperativa de laticínios em Pelotas
Ex-presidente de cooperativa de laticínios causou prejuízo de R$ 60 milhões a produtores rurais de 45 municípios do RS, de acordo com o MP. Crimes teriam sido cometidos ao longo de 26 anos.

O Ministério Público (MP) cumpre, na manhã desta sexta-feira (2), cinco mandados de busca e apreensão em Pelotas e Capão do Leão, contra quatro suspeitos de desviar quantias milionárias de dinheiro de uma cooperativa de laticínios. A Justiça bloqueou imóveis de três dos quatro suspeitos que somam R$ 60,7 milhões.

A Danby Cosulati, com sede em Pelotas, tem milhares de produtores rurais associados em 45 municípios do Rio Grande do Sul. O prejuízo sofrido por eles devido à prática de crimes como apropriação indébita, estelionato e lavagem de dinheiro superam R$ 60 milhões, de acordo com o MP. O principal alvo da operação é um ex-diretor-presidente da cooperativa que esteve à frente do empreendimento por 26 anos, Arno Koppereck. Ele permaneceu no cargo até o desencadeamento de um processo de liquidação extrajudicial.

RBS TV e o G1 tentam contato com a empresa e com o ex-diretor, mas não houve posicionamento oficial até a última atualização desta reportagem. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Rogério Meirelles Caldas, a investigação do caso começou há três anos, a partir de denúncias que chegaram ao MP. Documentos indicavam irregularidades.

“Diversas análises técnicas elaboradas pelo Núcleo de Inteligência do Ministério Público (Nimp) confirmaram grande parte do afirmado nas representações. No mesmo sentido, o relato do auditor externo contratado pela cooperativa demonstra a utilização desta pelo ex-diretor-presidente para alavancar seus negócios pessoais. Tudo indica que efetivamente a cooperativa foi saqueada ano após ano, o que a levou ao quadro de autoliquidação, com um passivo praticamente impagável”, explica Caldas. O MP suspeita que houvesse manipulação dos dados contábeis apresentados aos cooperados, que não faziam ideia da dimensão do prejuízo.