ENTREVISTA HISTÓRICA COM O ALMIRANTE ESPELLET – Podcast

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Eddi Sampaio Espellet nasceu em Pelotas (RS), no dia 10 de agosto de 1919, filho de Pedro Espellet Filho e de Silvia Sampaio Espellet. Aqui ele em seu apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro, em março de 2009. O Almirante Espellet faleceria no ano seguinte, em 2010.

Esta entrevista foi veiculada sexta-feira, 21 de março de 2009 no Treze Horas e no sábado – dia 22 de março – às 09h30min da manhã no Programa de Sábado na Rádio da Universidade Católica de Pelotas.

Eddi Sampaio Espellet nasceu em Pelotas (RS), no dia 10 de agosto de 1919, filho de Pedro Espellet Filho e de Silvia Sampaio Espellet. Ele faleceu no dia 23 de junho de 2010, um ano após a entrevista. Sem dúvida uma merecida ‘Memória do Treze’.

Ingressou na Escola Naval como aspirante em abril de 1936, sendo declarado guarda-marinha em dezembro de 1939. Em janeiro de 1941 recebeu a promoção a segundo-tenente. Encarregado de navegação do navio-hidrográfico Rio Branco, a partir de outubro de 1942, foi promovido a primeiro-tenente em dezembro. Em dezembro de 1943 assumiu a divisão de Comunicações do contratorpedeiro (CT) Marcílio Dias. Promovido a capitão-tenente em novembro de 1944, tornou-se imediato do CT Bocaina em agosto de 1947. Instrutor de instrumentos naúticos e navegação da Escola Naval desde abril de 1948, a partir de julho passou a exercer também as funções de instrutor de Comunicação do curso prévio.

Ao lado de Paulo Gastal Neto em seu apartamento de Copacabana onde recebeu a reportagem para aquela que  sua última entrevista.

Integrado à tripulação do navio-escola Almirante Saldanha em janeiro de 1951, foi designado em fevereiro de 1952 oficial de gabinete do ministro da Marinha, almirante Renato de Almeida Guillobel, recebendo em março a promoção ao posto de capitão-de-corveta. Delegado da Capitania dos Portos em Porto Alegre, no mês de maio de 1954, recebeu a patente de capitão-de-fragata em setembro de 1955. Instrutor adjunto da divisão de Operações da Escola de Guerra Naval em março de 1958, matriculou-se quatro meses depois no Curso Superior de Comando, e  em julho de 1959 assumiu, cumulativamente, o cargo de encarregado da divisão de Organização, sendo nomeado instrutor da Escola do Estado-Maior do Exército e da Escola de Artilharia da Costa, bem como comandante militar da Companhia Nacional de Navegação Costeira.

De julho de 1960 a julho de 1961 fez o curso da Escola de Guerra Naval francesa, iniciando em agosto o cours supérieur interarmées, também em Paris, concluindo-o em dezembro. Comandante do CT Paraná entre janeiro e setembro de 1962, assumiu o cargo de instrutor da Escola Naval em outubro, e em novembro o de encarregado da Divisão de  Publicidade e Pesquisa. Em dezembro foi designado chefe do estado-maior da Flotilha de Contratorpedeiros.

Promovido a vice-almirante em dezembro de 1971, assumiu a chefia do estado-maior do Comando de Operações Navais em abril de 1973, passando em agosto à diretoria de ensino da Marinha, cargo que exerceu até abril de 1974, quando foi designado comandante-em-chefe da esquadra.

Em maio de 1963 passou à chefia do estado-maior da Força de Cruzadores e Contratorpedeiros, e em agosto, ao comando da Unidade de Adestramento Anti-Submarino da Força Tarefa 81 (Instrução de Operação Confidencial). Em outubro assumiu a diretoria do Centro de Informações da Marinha (Cenimar). Em abril de 1964 tornou-se superintendente de ensino da Escola Naval, exercendo interinamente a vice-diretoria daquela instituição de ensino entre maio e julho.

Oficial de gabinete do ministro da Marinha, almirante Paulo Bosísio em fevereiro de 1965, foi nomeado em dezembro comandante do navio-escola Minas Gerais. Em fevereiro de 1967 matriculou-se no Curso Superior de Guerra, concluído em dezembro de 1967. Nomeado chefe da divisão de Planos do Departamento de Pessoal da Marinha apresentou-se ao Estado-Maior das Forças Armadas e em fevereiro de 1968 foi efetivado na vice-diretoria da Escola Naval. Em setembro, promovido a contra-almirante, foi nomeado comandante do Centro de Instrução Almirante Wandenkolk.

Em abril de 1969 tornou-se membro efetivo do Conselho de Promoções de Oficiais e, em dezembro, assistente do comando da Escola Superior de Guerra. Adido naval junto à embaixada do Brasil em Washington e Otawa em dezembro de 1970, desempenhou a função de delegado do Brasil na Junta Interamericana de Defesa, além de integrar a Comissão Militar Brasil-Estados Unidos.

Promovido a vice-almirante em dezembro de 1971, assumiu a chefia do estado-maior do Comando de Operações Navais em abril de 1973, passando em agosto à diretoria de ensino da Marinha, cargo que exerceu até abril de 1974, quando foi designado comandante-em-chefe da esquadra. Almirante-de-esquadra em novembro, tornou-se diretor-geral do Material da Marinha, e de dezembro a abril do ano seguinte, diretor de Pessoal. Diretor de Navegação em agosto de 1976 e, cumulativamente, a partir de dezembro, comandante de Operações Navais, em julho de 1977  tornou-se membro do Conselho da Ordem de Mérito Naval.

Em abril de 1978 foi nomeado Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), em substituição ao almirante-de-esquadra Guálter Maria Meneses de Magalhães. Em setembro de 1978 assumiu interinamente o cargo de ministro-chefe do EMFA, durante o afastamento de seu titular, José Maria de Andrada Serpa. Em dezembro transferiu-se para a reserva remunerada.

Eleito presidente da Fundação Estudos do Mar em 1983, substituiu o almirante Paulo de Castro Moreira da Silva, falecido no exercício do cargo. Colaborador da Revista Marítima Brasileira a partir de 1988, dedicou-se a esta atividade aproximado dez anos.

Casado com Léa Hameguim Espellet, não teve filhos.

Podcast – Entrevista Histórica com o Almirante Eddy Sampaio Espellet em 2009 – Parte I

Podcast – Entrevista Histórica com o Almirante Eddy Sampaio Espellet em 2009 – Parte II