ARTIGO – SEXTA-FEIRA TREZE, DE AGOSTO – Podcast

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Sadi Sapper é jornalista e colaborador do Treze Horas.
ARTIGO – SEXTA-FEIRA TREZE, DE AGOSTO – TEXTO DE SADI SAPPER NA VOZ DE CLAYTON ROCHA – Podcast

SEXTA-FEIRA TREZE, DE AGOSTO

Sadi Sapper – Jornalista

Todos os anos, o oitavo mês do calendário sempre vai chamar -se Agosto. Em todos os 12 meses do ano, o dia situado entre o décimo segundo é o décimo quarto vai chamar-se 13. Em todas as semanas, haverá sempre uma sexta, tida como o quinto dia da criação, considerando que o domingo foi o primeiro. Mas não é comum que o 13 de agosto caia numa sexta.

Cada um desses fatores traz consigo uma carga grande e às vezes pesada de coisas negativas e superstições. Embora o nome Agosto seja homenagem a Octavio Augusto, grande Imperador Romano, nós, aqui do Sul, costumamos dizer que agosto, pleno inverno, é o mês do desgosto e que nele morre muita gente. Mas no Hemisfério Norte é pleno verão e dizem que é quando há mais nascimentos.

Muita gente gosta da sexta, pois é o final da jornada de trabalho e a antevisão do final da semana. Mas há uma desconfiança histórica com as sextas. Foi numa sexta que Jesus Cristo foi supliciado. Segundo as escrituras, Adão e Eva fizeram seu pecado original numa sexta, foi o dia em que Caim matou Abel e também numa sexta começou o dilúvio. Também dizem que, se for Lua Cheia, também é dia de lobisomem!

Ainda bem, Clayton, Gastal e ouvintes que hoje, sexta, 13 de agosto, a Lua está indo de Nova para Crescente! Já pensaram se também fosse Lua Cheia? Cruzes, seria melhor ficar em casa, portas e janelas bem trancadas!! O número 13, em muitas culturas, é sinônimo de azar e má sorte. Nos Estados Unidos, muitos prédios altos simplesmente não têm o décimo terceiro andar. Parte dessa má vontade com o número 13 decorre do fato de que, na Santa Ceia, havia 13 à mesa. O genial e supersticioso pintor catalão Salvador Dali pintou a sua Última Ceia só com 12! Bailou o Iscariotes, para fugir do 13!

Mas isso é muito variável em cada cultura. Na Grécia, o dia fatídico é o 13, mas na terça. Na Itália, o dia do azar é a sexta 17. Para mim, o 13 é um dia bom, nele nasceu Nathalia, minha filha querida, que aliás veio ao mundo num 13 de maio, também dia de Nossa Senhora de Fátima, uma das padroeiras de Portugal. Para Pelotas e o mundo local da comunicação, o 13 deve se visto com bons olhos, pois empresta nome a esse extraordinário programa de rádio, para o qual neste momento tenho a honra de enviar esta mensagem.

Com certeza, muitas pessoas famosas, boas ou más, nasceram numa sexta, 13 de agosto, como Alfred Hitchcock e Fidel Castro. E é também o dia de estranhas coincidências: foi numa sexta, 13 de agosto, que morreu num desastre de avião, em 2014. o candidato à Presidência Eduardo Campos, neto de Miguel Arraes. Onde está a coincidência? É que Arraes, anos antes, também faleceu num 13 de agosto!

Todos os dias podem ser bons ou ruins. E alguns, curiosamente, são bons e maus ao mesmo tempo, numa espécie de capricho do tempo e do destino. Foi numa sexta, 13 de agosto, que, em 1961, a Alemanha Oriental começou a construção do muro de Berlim. Mas também é uma data feliz para muitos: hoje cedo, recebi mensagem de uma amiga, juíza aposentada, dizendo que para ela é uma data de sorte, pois foi quando foi nomeada para começar seu trabalho como magistrada.

Seja como for, quem está vivo e com saúde neste dia, quem está escutando o 13 e quem guarda esperanças de o mundo ainda tem jeito, pode se considerar alguém de sorte. Talvez a sexta, 13 de agosto, até nem seja tão ruim assim: no Japão, na Austrália e no resto do mundo já é a madrugada do dia 14 e parece que ontem, dia 13 por lá, não aconteceu nenhuma tragédia. Ainda bem! Boa tarde a todos e aproveitem o dia!