O BOLOLÔ DA MARGÔ
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Ivon Carrico*
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Alguém lembra que, após a conturbada passagem do Abraham Weintraub pelo MEC, Carlos Alberto Decotelli foi o nome aventado para sucedê-lo?
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Teve até sua nomeação para ministro da Educação publicada no DOU, mas não chegou a assumir o cargo devido às inúmeras polêmicas envolvendo o seu currículo, onde constavam informações que nunca foram comprovadas.
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Já, hoje, nos estertores do Governo Bolsonaro e, nas tratativas iniciais do Governo Lula, novamente a Nação é surpreendida por mais um fato insólito envolvendo a indicação de notáveis para compor a equipe ministerial.
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Nada mais, nada menos, destacam as mídias impressas e eletrônicas que a cantora Margareth Menezes, ungida para assumir o ressuscitado Ministério da Cultura, acumula dívidas de mais de R $1 milhão com os cofres públicos.
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Bem, o fato de estar inadimplente, dentre outras, com suas obrigações fiscais a tornariam inapta para o Cargo?
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Não estou aqui querendo relativizar o ocorrido. Daí que entendo que, para impedir uma outra ‘saia justa’, essas circunstâncias devam ser melhor averiguadas livrando o Lula, se for o caso, de um possível constrangimento como ocorreu com o Bolsonaro na nomeação do Decotelli.
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Mas, inacreditável que – com toda a disponibilidade e a intercambialidade de informações trazidas pelos sistemas corporativos da Administração e pela Internet – sejam Governos, com seus Dirigentes e acólitos, surpreendidos por fatos como os acima narrados.
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Não bastassem as arruaças promovidas esta semana em Brasília, quando se viu uma Polícia ‘friendly’ (como dizem os Americanos) para enfrentar os baderneiros temos, agora, mais esse bololô para resolver. O bololô da Margô.
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*Ivon Carrico é pelotense, mora em Brasília, atuando na administração há quase 50 anos. Atuou na ANVISA e na Presidência da República. Brasília: 17/12/2022
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