EU TENHO, SIM, UMA ARGENTINA INTEIRA GRUDADA EM MIM!
Clayton Rocha
AH, ESSE INESQUECÍVEL ESTÁDIO MONUMENTAL DE NÚÑEZ
O famoso estádio do River Plate devolve-me à Copa da Argentina de 1978. Jornadas memoráveis foram vividas naquele local através de transmissões históricas da rádio Gaúcha com os seus 100 Kilowatts. (A Gaúcha na Copa do Mundo, o Mundo da Copa em 100 Kilowatts).
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Além de produzir o “Sala de Redação” de todos os dias, no Centro de Produções da Avenida Figueroa Alcorta, eu tinha uma outra missão, por determinação de Ruy Carlos Ostermann: – a de escrever (a leitura seria feita pelo narrador) o principal texto de abertura das grandes jornadas da rádio, naqueles jogos no estádio Monumental de Núñez.
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Ali eu também ouvi Pelé durante 25 minutos, numa entrevista descontraída que teve grande repercussão nos veículos da RBS.
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A turma do jantar, em restaurantes do centro, era para todos nós a garantia de um outro show à parte graças ao alto padrão das conversas: – Armando Nogueira, Tito Stãgno, diretor geral da RAI; Cândido Norberto, Oswaldo Rolla, Ibsen Pinheiro, Rubens Francisco Minelli, Ênio Mello, Cid Pinheiro Cabral, além de outros, muitos outros. Os frutos do mar, os pratos italianos e carnes argentinas, todos acompanhados de vinhos “honestos” de Mendoza, ficaram guardados na boa lembrança dos sobreviventes durante estes últimos 43 anos.
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Entre 1978 e 2013, portanto, graças a um levantamento pessoal histórico, dei sorte à Argentina: Campeã Mundial de 1978, depois campeã mundial de futebol no México 1986 e… por último, em 13 de 03 de 2013, país que ofereceu à Igreja Católica o primeiro papa das Américas: o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, batizado com o nome de Francisco!
Por todas essas razões, além de outros dois textos dedicados a Jorge Luís Borges, (cujo funeral tive a oportunidade de transmitir de Genebra, Suiça) e ao extraordinário Dom Diego Armando Maradona, selecionei cuidadosamente aquela que é a minha “manchete” preferida: EU TENHO, SIM, UMA ARGENTINA INTEIRA GRUDADA EM MIM! (CR).