ARTIGO – A ASSEMBLEIA GERAL DA ONU

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A ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
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Ivon Carrico*
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Ontem, tivemos a abertura da 78º Assembleia Geral da ONU, em New York. A ONU foi criada em 1945 e, atualmente, conta com 193 países-membros.
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Um representante brasileiro, desde 1947, sempre faz o discurso de abertura da Assembleia Geral, logo após a fala do Secretário-Geral.
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Naquela oportunidade o então Chanceler brasileiro, o gaúcho Oswaldo Aranha, presidiu aquela longínqua sessão, estabelecendo – assim – essa tradição.
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Isto posto, inaugurando os trabalhos desta 78° Assembleia, o Presidente Lula abordando desigualdade, clima e paz em seu discurso.
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Todavia e, surpreendentemente, as principais lideranças mundiais como os Presidentes Xi Jinping da China; Vladimir Putin, da  Rússia e Emmanuel Macron, da França e os Primeiros-Ministros Narendra Modi, da Índia e Rishi Sunak, do Reino Unido, não se farão presentes.
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A ausência destas lideranças – quando o mundo presencia, estarrecido, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia – demonstra mais uma vez, a urgente necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU.
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No citado Conselho, 05 (cinco) dos seus Membros são permanentes e detém o poder de veto sobre qualquer apreciação apresentada. São os senhores da guerra e da paz.
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Pois, pasmem, dentre esses cinco países, hoje, estarão ausentes desse ‘meeting’, quatro deles: China, Rússia, França e Reino Unido.
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Portanto, qual a credibilidade tem esse infame Conselho de Segurança?
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Como afirmei em recente texto, não é de hoje que o Brasil tem evidenciado a necessidade de reforma deste Conselho. Com certeza e, mais do que nunca, o Presidente Lula insistirá nesta pretensão.
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*Ivon Carrico é pelotense, mora em Brasília, atuando na administração há quase 50 anos. Atuou na ANVISA e na Presidência da República. Brasília: 20/09/2023
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