Na última quarta-feira, 13.12, a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis realizou um leilão no qual foram arrematados 8 blocos na região SP-AUP2 da Bacia de Pelotas, com um bônus total de R$ 77,76 milhões e um ágio de 252,66%. O investimento estimado para a área é de R$ 282,3 milhões. O consórcio formado pela Petrobras (70%) e Shell (30%) adquiriu 7 blocos no setor SP-AUP2 da Bacia de Pelotas, totalizando um valor de R$ 75,3 milhões. A Chevron pagou R$ 2,38 milhões pelo bloco P-M-1275. Até o momento, foram leiloados blocos em 12 setores da Bacia de Pelotas, sendo que seis deles não receberam nenhuma oferta. O valor acumulado em bônus até agora é de R$ 298,7 milhões. No total, o leilão ofereceu 165 blocos na Bacia de Pelotas, dos quais 44 foram arrematados. A oferta permanente funciona como um banco de áreas de petróleo e gás natural que são licitadas em ciclos, de acordo com a demanda dos interessados, substituindo os leilões tradicionais da ANP realizados desde 1999, nos quais os blocos eram designados pelo governo.
Dentro do regime de concessão da Oferta Permanente, 87 empresas estão aptas a participar, mas apenas 21 delas apresentaram declarações de interesse e garantias de oferta para os 33 setores em disputa nesta quarta-feira, que englobam um total de 602 blocos. No regime de concessão, a empresa que oferecer o maior bônus de assinatura e se comprometer a executar o Programa Exploratório Mínimo (PEM) é a vencedora.
BACIA DE PELOTAS
O nome “Bacia de Pelotas” não se relaciona a cidade de Pelotas. “Bacia de Pelotas” foi um termo empregado pela primeira vez pelos geólogos da Petrobras, já sendo usado em relatórios internos desde 1957. Oficialmente o primeiro a usar o termo foi Ghignone em 1960, o qual a definiu como uma área com aproximadamente 30000 km², sendo a maior parte ocupada pelas Lagoas Patos, Mirim e outras menores e recoberta por sedimentos quaternários (CLOSS, 1970). Uma definição mais atual diz que a Bacia de Pelotas localiza-se no extremo sul da margem continental brasileira, entre a latitude de 28°S, ao norte, e a fronteira com as águas territoriais uruguaias, ao sul. Seu limite geológico norte é o Alto de Florianópolis, ao sul, o Alto de Polônio, na plataforma continental do Uruguai. A porção brasileira da bacia abrange uma área de, aproximadamente, 210.000 km² entre a costa e a cota batimétrica de 2000m. (SILVEIRA 2004). Em ambas as definições está a classificação geológica de bacia sedimentar que define uma região em que a placa tectônica sofreu um processo de subsidência e passou a receber, acumular e preservar os sedimentos. Fonte: Virgínia Luiz Cerqueira Santos – Monografia – FURG.
Área: 210.000 km2
• Limite Norte: Bacia de Santos;
• Limite Sul: Uruguai;
• Limite W: Embasamento e Bacia do Paraná ao longo dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina;