
O aniversário de 45 Anos do Programa Pelotas Treze Horas, da Rádio da Universidade Católica de Pelotas, foi marcado com a realização de um jantar na noite de quarta-feira, 29.11, nos salões da Associação Comercial de Pelotas. O evento contou com a presença de amigos, lideranças política, integrantes da equipe Treze Horas, representantes de instituições de Pelotas, apoiadores e convidados. “Um evento que revigora e mostra que a força do rádio está presente nos dias de hoje”, disse o padre Marcus Bicalho, diretor da Rádio Universidade que também representou o Reitor da UCPEL, Dr. José Carlos Bachettini Júnior e o Chanceler da UCPEL, Arcebispo Dom Jacinto Bergman.
Na sua manifestação (na íntegra abaixo) o jornalista Clayton Rocha agradeceu sensibilizado a presença dos amigos e encaminhou sua fala conclamando: “olhemos para frente e reforcemos os compromissos assumidos, o de permanecer sempre o mesmo na intenção de servir! O de dizer que o 13H é do povo de Pelotas, é o seu endereço, é a sua porta aberta, é a sua referência, é o espaço dos apelos populares”.
O jantar dos 45 Anos do Treze Horas reuniu 125 pessoas nos salões da Associação Comercial de Pelotas.


ÁUDIO DO EVENTO

FALA DO JORNALISTA CLAYTON ROCHA DURANTE O EVENTO
Lembro-me de uma máxima que me acompanha há quarenta e cinco anos: continua como começaste; tudo o que fizeres, faze-o com o propósito de ser homem de bem no sentido próprio da palavra. Que essa ideia presida a todas as tuas ações.
Qual o segredo desta noite?
Foco, método de trabalho, obstinação, amor a causa, paciência infinita na adversidade e participação elevada dos que se manifestam com liberdade de expressão.
Qual a frase necessária nesta noite?
A de que nenhuma instituição humana é duradoura se não tem por base um sentimento.
Qual a palavra necessária nesta história toda?
Credibilidade, sem a qual nada se pode realizar em benefício da sociedade.
Temos absoluta consciência de que a comunidade pelotense tem sede diária de informações locais – nas mais diversas áreas de atividade – o que nos motiva, a cada dia, a executar um trabalho permanente e sem trégua.
Temos o dever de investigar as carências de Pelotas, defender a qualificação de seus quadros, além de – no calor da palavra – dar um passo adiante com a finalidade de exigir uma cobrança popular e uma resposta pública.
Senhores: As diferenças ideológicas que ocupam os nossos espaços merecem o nosso mais profundo respeito, na medida que são o tempero necessário elevado ao debate e procura caminhos e – por vezes – consensos.
Na ocasião do congraçamento entre amigos e na descontração deste ambiente comemorativo, em sintonia com a ideia de que não devemos fechar esse microfone e muito menos essa marca cinquentenária que atende pelo nome de Rádio da Universidade Católica de Pelotas.
Senhores: a magia do rádio é permanente, universal e imorredoura. As demais mídias, inclusive a TV e as redes sociais, são elas que nos ligam, entram em nossos sentidos e dominam nosso ambiente; com o rádio, acontece o contrário: eu ligo o rádio, eu (entro) para o seu interior e ponho todos os meus sentidos a funcionar. O imaginário do ouvinte na relação com o rádio é infinito, pois ele não é tutelado por nada, que não seja a sua própria imaginação e seu interesse.
Em Pelotas, no Brasil, no Mundo, o rádio é um jovem de pouco mais de cem anos e com uma vida inteira pela frente.
Se fazer jornalismo é produzir memória, o Treze Horas ampara-se em sua sala de computadores para dizer-lhes que guarda vozes, frases marcantes e depoimentos comovidos, das pessoas do nosso tempo, nesse arquivo precioso que está à disposição de todos.
Se uma manchete símbolo desses últimos quarenta e cinco anos nos fosse solicitada, ela envolveria a Rádio da Universidade Católica de Pelotas e a Cidade do Vaticano. Essa manchete veio um dia de Roma, via o velho telex, no ano de 1978, e encaminhada ao Diário Popular. O título era: – 3 Papas em apenas 3 meses em 2000 anos de história da Igreja!
Em nome do Treze Horas, amparo-me nas velhas recordações, nas amizades que o tempo não sabe destruir. Nas paredes de pedra do nosso passado comum. E graças a isso, atrevemo-nos a encarar o futuro e, por tê-lo enfrentado, saberemos que um dia poderemos desvendar o seu mistério.
Fazemos, entre nós, um só pedido na noite de hoje: – olhe para frente e reforce compromissos assumidos, o de permanecer sempre o mesmo na intenção de servir! O de dizer que o 13H é do povo de Pelotas, é o seu endereço, é a sua porta aberta, é a sua referência, é o espaço dos apelos populares.
Olhe para a frente e permaneça – sempre – de microfone em punho! Até que as forças se esgotem, até que a missão se encerre, até que o dever seja definitivamente cumprido.


FOTOS ABAIXO DE GUSTAVO VARA – SECOM / PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS