
Por Clayton Rocha
O Treze Horas no seu espaço ‘Memória do Treze Horas’ dá sequencia a série com os ex-governadores do Rio Grande do Sul. Suas passagens ligadas a Pelotas, suas visitas ao Treze Horas e seu vínculos com a cidade, sejam eles através de ações políticos administrativas ou até mesmo sentimentais. Pelotas sempre foi roteiro político obrigatório no RS para quem entendesse que ‘vencer as eleições no estado era possível’. E assim foi com todos aqueles que estão sendo lembrados nessa série. Já publicamos sobre Sinval Guazzelli, relembramos no domingo passado o ex-governador Alceu Collares e hoje o ‘Memória’ relembra a inúmeras participações do ex-governador Tarso Genro.
Tarso Fernando Herz Genro, nascido em São Borja em 1947 é jornalista, advogado e professor. Filiado ao Partido dos Trabalhadores – PT, foi prefeito de Porto Alegre duas vezes, Ministro de Estado da Educação durante o Governo Lula e em 3 de outubro de 2010, foi eleito Governador do Rio Grande do Sul no primeiro turno, com mais de 54% dos votos válidos. Foi o primeiro governador a ser eleito em primeiro turno, desde o advento da eleição em dois turnos. Foi candidato à reeleição em 2014, mas acabou sendo derrotado por José Ivo Sartori – PMDB – que obteve 61,27% dos votos válidos, no segundo turno.
No Podcast abaixo você relembra recente entrevista (28.04.2020) do ex-governador Tarso Genro ao Treze Horas:

CARREIRA
Tarso Genro começou sua carreira política ao ser eleito vereador pelo MDB em Santa Maria em 1968. Foi em Santa Maria que graduou-se em Direito pela UFSM. Seu pai havia sido vereador e vice-prefeito da cidade. Ainda na UFSM, obteve especialização em Direito Trabalhista. Paralelamente à carreira política, atuou como advogado de sindicatos e associações profissionais. De 1972 a 1987, Genro assinava coluna de crítica de literatura no “Caderno de Sábado” do Correio do Povo.
No início da década de 1980, foi porta-voz do PRC – Partido Revolucionário Comunista junto com seu irmão Adelmo Genro Filho. Em 1988, já no PT, foi eleito vice-prefeito de Porto Alegre pela Frente Popular, chapa liderada por Olívio Dutra, também do PT. Acumulou o cargo de vice-prefeito com o de secretário de Governo. Entre 1989 e 1990 teve rápida atuação como Deputado Federal.
Em 1990 se candidatou pela primeira vez ao governo do RS, perdendo para Alceu Colares – https://pelotas13horas.com.br/ex-governadores-do-rs-alceu-collares/ -, do PDT. Regressou ao cargo de vice-prefeito, onde permaneceu até 1 de junho de 1992. Naquele ano, candidatou-se para suceder Dutra na prefeitura da capital. Foi eleito no segundo turno, derrotando Cezar Schirmer do PMDB com 60% dos votos. Conseguiu eleger Raul Pont como seu sucessor antes de ser eleito novamente em 2001.
Em 4 de abril de 2002, abandona a prefeitura para concorrer novamente ao governo estadual como sucessor de Dutra, então governador. Em disputa acirrada no segundo turno, Genro obteve 47,7% dos votos válidos, contra 52,3% de Germano Rigotto do PMDB. Após a derrota, foi convidado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, função na qual ficou até o início de 2004, quando Lula fez a sua primeira reforma ministerial. Tarso assumiu então o Ministério da Educação, em substituição a Cristovam Buarque.
Em 2005, com Tarso Genro assumiu a presidência nacional do PT. Passou a defender, então, a refundação do partido. Na presidência interina do PT, Genro se lançou candidato para as eleições internas marcadas para o final de 2005. Em 2006, com a reeleição de Lula, Genro passou a ocupar a pasta do Ministério das Relações Institucionais, e, em 16 de março de 2007, tomou posse como ministro da Justiça, cargo que ocupou até 10 de fevereiro de 2010, em substituição a Márcio Thomaz Bastos. No Ministério da Justiça criou o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e a Bolsa Formação para policiais.
Em 10 de fevereiro de 2010, saiu do Ministério da Justiça para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul, sendo eleito em 3 de outubro no 1º turno, com mais de 54% dos votos válidos. Foi candidato à reeleição em 2014, mas acabou sendo derrotado por José Ivo Sartori do PMDB que obteve 61,27% dos votos válidos.
