ESTUDO VAI DIAGNOSTICAR ELOS DA CADEIA DO ARROZ – PRESIDENTE DA CÂMARA SETORIAL DO ARROZ DAIRE COUTINHO – Podcast

178
Conforme o presidente da Câmara, Daire Coutinho, as entidades do setor estão firmando os contratos com as suas participações e, dentro de três meses, é possível que se tenha os primeiros resultados deste diagnóstico da cadeia. Foto: Acústica FM

A Câmara Setorial Nacional do Arroz se reuniu na manhã desta terça-feira, 14 de fevereiro, primeiro dia de atividades da 33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. O encontro foi realizado no Auditório Frederico Costa e tratou, entre outros temas, de uma estudo que irá mapear a cadeia do arroz, e será coordenado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da escola de Agronomia da Universidade de São Paulo (Cepea-Esalq/USP) e Embrapa.

Conforme o presidente da Câmara, Daire Coutinho, as entidades do setor estão firmando os contratos com as suas participações e, dentro de três meses, é possível que se tenha os primeiros resultados deste diagnóstico da cadeia. Serão observados detalhes desde o lado de dentro da porteira até a visão do consumidor sobre o produto.

ESTUDO VAI DIAGNOSTICAR ELOS DA CADEIA DO ARROZ – PRESIDENTE DA CÂMARA SETORIAL DO ARROZ DAIRE COUTINHO – Podcast

Abertura da Colheita abre programação de palestras com o tema Arrozeiros como produtores multissafras

Painel em Capão do Leão contou com a moderação do presidente da Federarroz e abordou questões como gestão e tecnologia. Foto: Carlos Queiroz/Divulgação

O Painel “Arrozeiros como produtores multissafras”, que é o tema central da  33ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas, abriu a programação de palestras do evento nesta terça-feira, 14 de fevereiro, no auditório Frederico Costa, na sede da Estação  Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado em Capão do Leão (RS). A moderação do debate foi do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, tendo como painelistas Ricardo Teixeira Gonçalves da Silva, João Paulo Silveira e Paulo Nolasco, do Grupo Quero-Quero, de Jaguarão (RS), Jair Buske, produtor rural de Agudo (RS) e diretor da Federarroz Depressão Central, e Eduardo Condorelli, superintendente do Senar/RS.Antes do início das palestras, o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, o chefe geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, e o Superintendente do Senar/RS, Eduardo Condorelli, saudaram os presentes e ressaltaram a importância do evento. Velho afirmou que o protagonismo do Rio Grande do Sul na produção de arroz traz junto uma obrigação de buscar cada vez mais ferramentas para que o produtor se mantenha na atividade rural. Já Oliveira, referindo-se ao momento da abertura dos painéis técnicos relativos à produção dentro do novo conceito multissafra, reforçou que a Embrapa tem toda a sua equipe de pesquisa devotada a transformar sonhos em realidade por meio da tecnologia. Condorelli, por sua vez, colocou que o evento serve para o engrandecimento da atividade e que, antes de tudo, “é uma atividade econômica”, ressaltando que deverão sair decisões e propostas que serão aplicadas nas lavouras.

O superintendente do Senar/RS foi o primeiro palestrante do painel afirmando que a decisão de ser um  produtor multissafra vai muito além em escolher uma ou outra cultura. Disse que é algo que perpassa por decisões estratégicas. Ao fazer uma análise econômica, Condorelli destacou a importância da gestão dos negócios. “Uma empresa rural precisa devolver lucro e renda e talvez com apenas uma cultura isto não seja possível”, colocou, ressaltando que a diferença em ser ou não multissafra é o produtor saber onde quer  chegar. “A nossa decisão é um pouco além de uma decisão apenas agronômica, apenas técnica de produção e produtividade, mas é uma decisão de gestão do nosso negócio, conferindo estabilidade, margem e segurança, bem como colaborando para diluir todos os custos fixos que tem”, concluiu.

Na sequência, o diretor da Federarroz Depressão Central falou em como superar as adversidades da lavoura de arroz. Buske informou que a sua decisão em se tornar um produtor multissafra foi a partir da safra 2009/2010 quando enfrentou um El Niño severo. “Comecei com a rotação de culturas de 2010 para 2011, de forma segura, com um pouco de soja em um primeiro momento e também adequando a área da propriedade”, observou, lembrando que depois entraram outras culturas junto ao arroz e soja, como trigo e milho.
“O conjunto de tudo tem nos dado uma rentabilidade. Seguramente hoje, com o milho e a soja, diminui os custos e aumentei minha rentabilidade”, colocou, enfatizando que em um período de aproximadamente 12 anos, cada um deles tem sido um aprendizado e tudo passa por manejo.

Os representantes do Grupo Quero-Quero finalizaram as palestras, antes de ter início o debate sobre o tema do painel, contando um pouco sobre a história da empresa. Conforme Silva, a trajetória começou em 1971 com pecuária e lavoura de arroz, seguindo depois para o plantio de soja, milho e trigo. Nolasco, por sua vez, falou sobre a Fazenda São Francisco que hoje cultiva arroz irrigado, soja na várzea e milho irrigado. E o engenheiro agrônomo João Paulo Silveira, responsável pelo setor de Santa Maria, finalizou a parte do Grupo Quero-Quero com ênfase na experiência com rotação de arroz e soja, e também trazendo  a questão da irrigação.

A 33º Abertura Oficial da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas é uma realização da Federarroz, com a correalização da Embrapa e Senar/RS e patrocínio Premium do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Irga.

Texto: Rejane Costa/AgroEffective