EXCLUSIVO: PORTOS RS MOVIMENTARAM 100 MIL TONELADAS DE NITRATO DE AMÔNIO

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Porto de Rio Grande movimentou 85 mil toneladas de Nitrato de Amônio em 2020.

Os portos de Rio Grande e Porto Alegre movimentaram juntos mais de 100 mil toneladas de Nitrato de Amônio, o mesmo produto que causou a explosão no porto de Beirute, no Líbano e que causou a destruição da cidade. Em Beirute eram 2.750 toneladas de Nitrato de Amônio, um produto que merce especial atenção e cuidado no manuseio. A direção dos Portos RS divulgou Nota Oficial (veja abaixo) esta semana para informar sobre a movimentação e a maneira como o produto é tratado nos terminais de Rio Grande e da capital gaúcha. O Nitrato de Amônio tem movimentação nos portos de Porto Alegre e Rio Grande. Em Rio Grande, este ano o porto movimentou cerca de 85 mil toneladas e no porto de Porto Alegre foram duas operações em 2020, que totalizaram 18 mil toneladas o que significa 103 mil toneladas do produto que destruiu Beirute passaram pelo RS.

A direção do Portos RS – que congrega os portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre esclarece que o desembarque do navio somente é feito depois da autorização e controle do Exército Brasileiro por meio de sua Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados. O Nitrato de Amônio é um produto químico não inflamável, mas que pode intensificar o fogo em outros combustíveis atuando como fonte de oxigênio (oxidante).

O produto é considerado uma substância de “interesse militar” e isso significa que a fabricação, transporte, comercialização e o uso estão sujeitos ao controle do Exército. A maioria das cargas de Nitrato de Amônio do estado chega importado proveniente da Estônia, passando pelos Portos Gaúchos e indo direto para os importadores que tem toda a armazenagem adequada e vistoriada pelos órgãos ambientais e pelo Exército Brasileiro. A direção dos Portos RS emitiu a seguinte nota oficial:

NOTA DA PORTOS RS SOBRE O NITRATO DE AMÔNIO

Depois do incidente ocorrido ontem, 4, no Porto de Beirute, aonde os relatos são de que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio foram armazenadas no depósito do porto, explodindo e causando mortes e danos sem precedentes na capital libanesa, em circunstancias que serão apuradas pelas autoridades daquele País, a Portos RS vem através desta nota esclarecer que: O produto nitrato de amônio tem movimentação nos seus Portos, mais precisamente no porto de Porto Alegre e Rio Grande. Em Rio Grande, este ano o porto movimentou cerca de 85 mil toneladas. No porto de Porto Alegre tivemos duas operações este ano, totalizando 18 mil toneladas.

O desembarque do navio somente é feito depois da autorização e controle do Exército Brasileiro por meio de sua Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados. O nitrato de amônio é um produto químico não inflamável, mas que pode intensificar o fogo em outros combustíveis atuando como fonte de oxigênio (oxidante). Também, ele é considerado uma substância de \”interesse militar\”. Isso significa que a fabricação, transporte, comercialização e o uso do produto estão sujeitos ao controle do Exército.

A maioria das cargas de nitrato de amônio do estado chega importado proveniente da Estônia, passando pelos Portos Gaúchos e indo direto para os importadores que tem toda a armazenagem adequada e vistoriada pelos órgãos ambientais e pelo Exército Brasileiro.

A Portos RS reitera que vem prezando pela transparência e prestação de serviço adequada a seus usuários e para a população em geral.

Fonte: www.portosrs.com.br

ESTADO DÁ INÍCIO A INSPEÇÕES PARA PREVENIR INCÊNDIOS EM PORTOS

A tragédia causada pela explosão na zona portuária de Beirute, no Líbano, fez o governo do Rio Grande do Sul iniciar uma auditoria nos portos públicos do Estado. As inspeções são realizadas nos complexos de Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas e Cachoeira do Sul.

A determinação do secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, é de que sejam avaliadas as condições de armazenamento e movimentação de produtos perigosos nas instalações públicas e privadas.

“Precisamos nos certificar de que materiais líquidos, sólidos e inflamáveis estão sendo acomodados e transportados com toda a segurança”, afirma o titular da pasta. “É fundamental estabelecermos ações preventivas e de fiscalização, para não darmos margem a acidentes como o de Beirute”, acrescenta Costella.

A auditoria, sob responsabilidade da Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul, apura, ainda, a situação das licenças e autorizações ambientais para o transporte e manejo das cargas.

De acordo com o superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, a substância química que possivelmente causou a explosão na capital do Líbano recebe atenção especial nas vistorias. “Já iniciamos o levantamento de todos os nossos terminais, principalmente quanto à utilização de nitrato de amônio e às condições de armazenagem do produto”, acrescenta. “As empresas estão respondendo muito bem à inspeção e esperamos concluir o relatório em sete dias.”

A auditoria irá conferir, também, a validade dos Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) dos complexos portuários.