MOTOR, O QUE VALE É O REPÓRTER

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“MOTOR, O QUE VALE É O REPÓRTER!” (Carlos Eduardo Behrensdorf).
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Clayton Rocha*
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Carrego comigo a frase de um grande jornalista e de um amigo exemplar, que veio, lá atrás no tempo, através de uma dedicatória em livro que me foi presenteado. O presente veio de Belo Horizonte e o gesto teve a assinatura de Carlos Eduardo Behrensdorf, o ” Berê”, ou o “Garça”, como quiserem.
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“Motor” era o meu apelido lá naquela época, por conta de um alucinante ritmo de trabalho e muita energia na palavra. “Berê” e eu fortalecemos nossa amizade em jornadas esportivas pela Católica de Pelotas e também na Redação do nosso DIÁRIO POPULAR. Nos últimos tempos, temos nos falado quase semanalmente, ele em Brasília, e eu no meu lugar de sempre, revendo acontecimentos esportivos e políticos de uma Pelotas ” rica em tudo” lá naqueles anos setenta! Pois agora, e com insistência generosa, o “Berê” me cobra um livro, e o faz incisivamente, enquanto eu reluto e mudo de assunto. Segundo ele, as andanças internacionais feitas a partir de 1972 não devem ficar sem registros, fotografias, além de relatos marcantes; nem as passagens de vida na UFPel, UCPel e Prefeitura de Pelotas, além de convívios com celebridades políticas do Rio Grande do Sul e de Brasília, e algumas delas no exterior; mais as relações feitas com respeitáveis vultos do futebol, da Fórmula Um, da crônica esportiva e da crônica política.
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Ontem à noite, e através de frases fortes, prometi ao “Garça” pensar no assunto durante os próximos dez anos! Entendo que a ideia – que não deixa de ser agradável – exige, antes de ser executada, um completo desligamento das atividades profissionais para que também sirva como uma espécie de “texto de despedida”. Ou quem sabe, uma espécie de troca:- da palavra pelo texto! O que não deixaria de ser um jeito bem interessante de ser lembrado e de permanecer por aqui.
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*Jornalista e criador do Pelotas Treze Horas