O Memória do Treze Horas de hoje relembra um feito da década de 80. A construção, a partir do Treze Horas, de forças comunitárias e regionais que conseguiram reativar o trânsito de passageiros no Aeroporto de Pelotas (Hoje Aeroporto João Simões Lopes Neto por outra iniciativa do Treze Horas) com a ativação de uma linha aérea entre Pelotas e São Paulo, como relata o jornalista Clayton Rocha em texto especial de hoje:
LINHA AÉREA PELOTAS – SÃO PAULO
Por Clayton Rocha
Um avião Brasília da Rio-Sul, esta comandada pelo baiano Humberto Costa, passou a unir as cidades de São Paulo e de Pelotas na década de oitenta. Aquela velha estação de passageiros da Varig Pelotas, um símbolo da empresa, dos tempos do hidroavião Atlântico que fazia a linha Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande, foi a fonte motivadora para a criação da histórica linha aérea. Lideranças de R Grande e de Pelotas mostraram determinação e sintonia fina ao abraçar a causa de uma iniciativa do Debate 13 Horas.
A execução daquele brinde que selaria o pacto aéreo entre o Sul do Rio Grande e a capital bandeirante. A Varig reconhecia e valorizava as suas origens, que tinha as cidades de Pelotas e Rio Grande como endereços de seus próprios alicerces.
O Aeroporto Internacional de Pelotas/João Simão Lopes Neto (RS) completou no último 8/5 91 anos de operações. Fundado em 1927, o terminal surgiu como uma pequena estação de passageiros construída, em madeira de lei, pela Varig, às margens do Rio São Gonçalo.
O voo inaugural, no então terminal de madeira, foi realizado em 8 de maio de 1929, por um hidroavião da Varig modelo DORNIER, com seis assentos.
O terminal de passageiros remonta à história da aviação na região de Pelotas desde a década 20. Mas, apenas em 1980, o Quinto Comando Aéreo Regional (V Comar) passou o aeroporto à jurisdição da Infraero. No saguão principal do aeroporto, os passageiros podem apreciar a maquete da edificação de madeira, que fica em exposição permanente.
HELIO SMIDT
Helio Smidt nasceu em Porto Alegre em 9 de maio de 1925 e morreu em Nova Iorque em 11 de abril de 1990. Foi presidente da VARIG – Viação Aérea Riograndense entre abril de 1980 até à data de seu falecimento. Foi o responsável por introduzir no Brasil a aeronave Boeing 747, na época, o maior avião comercial de transporte de passageiros do mundo.