O Treze Horas chamou a atenção para o fato: Vão sumir com o busto de Getúlio Vargas! A colocação foi feita pelo jornalista Henrique Pires há cerca de sessenta dias participando da mesa de debates do programa. O fato aconteceu nesta quarta-feira, 27.07, quando o busto foi roubado. Segundo Henrique Pires, que também é historiador, o busto de Getúlio ficava anteriormente na Praça da Alfândega de Pelotas. A obra foi feita em 1928, quando o Getúlio era o Ministro da Fazenda do presidente Washington Luiz e naquele mesmo ano retornaria ao Rio Grande do Sul para suceder Borges de Medeiros como governador. A sugestão dada por Henrique Pires -que foi Secretário Nacional de Cultura – que se fizesse uma réplica para ser colocada no local e que a original (roubada hoje) fosse colocada na Biblioteca Pública Pelotense, resguardada assim da possibilidade de roubo ou vandalismos.
AUTOR
O busto roubado é de autoria do escultor português Rodolfo Pinto do Couto – nascido no Porto em 1888 e que morreu em 1945. Ele atuou em Portugal e no Brasil. O busto desaparecido hoje era o menor que existe no Brasil, feito por Pinto do Couto. Aluno da antiga Academia Portuense de Belas Artes, onde teve aulas de desenho histórico e de escultura com o Mestre Teixeira Lopes. Casou-se em 1911 com a escultora brasileira Nicolina Vaz de Assis. Vem, então, para o Brasil, radicando-se no Rio de Janeiro, onde participou do Salão Nacional de Belas Artes, em 1913 e 1918. Realizou trabalhos e monumentos em várias cidades. É autor dos púlpitos de bronze (1931) da Igrela Candelária do Rio de Janeiro, além de muitas outras obras espalhadas por vários museus. No final da vida, retorna a Portugal, onde falece em 1945.