TREZE HORAS QUE SÃO VINTE E QUATRO
Prof. João Manoel King *
Ele respira rádio há muitos anos, já perdi a conta. Mesmo tendo ficado afastado da nossa Princesa por mais de 10 anos, na década de 70, sempre ouvi falar de Clayton Rocha e suas campanhas a favor dos mais necessitados. Quando pronuncio o nome do programa 13 Horas não sei se refere-se ao horário que inicia ou ao número de horas que suas campanhas ficavam no ar, culminando em atenuar a dor de centenas de famílias.
De repente, me vejo escrevendo neste espaço privilegiado, onde somente as feras se fazem presentes. Contar um pouco do que aqui no 13 Horas encontrei torna-se importante: reencontrar Neiff Olavo Gomes Satte Alam, amigo de infância, adolescência, escola e inúmeros passeios de bicicleta e jogos de futebol de salão. Custódio Arruda Gomes, parente emprestado, presente em quase todas as festas de aniversário da família. José Fernandes Gonzalez, meu mais novo amigo, que me presenteou com um CD com suas apresentações musicais de alta técnica e emoção. Paulinho Gastal, braço direito do Clayton, um verdadeiro Sancho Pança, cujo avô paterno foi meu primeiro dentista. Renato Varoto, que nos faz calar com seus conhecimentos jurídicos e da história pelotense, ajudando a esclarecer vários pontos obscuros do nosso dia a dia. Enfim, são vários amigos que transitam neste universo, trazendo suas experiências diversas para abrilhantar o salão amarelo.
E o 13 Horas se transforma em 24 Horas quando flagro, a todo o momento, postagens do Clayton nas redes sociais clamando por ajuda, denunciando dissabores e tragédias, comunicando o passamento de amigos, elogiando personagens ilustres e, mais recentemente, lutando, bravamente, pela conclusão da BR 116.
Mas por que estou aqui? Tudo começou com a minha indignação com o que ocorria na frente da escola Yázigi, na Gonçalves Chaves, entre Telles e Dom Pedro II. Clayton abriu-me espaço para botar a boca no trombone, sempre perante várias autoridades policiais e jurídicas, que eram estrategicamente convidadas. Naqueles momentos eu lavava a alma.
Recentemente, quando vim agradecer por todo este espaço, fui convidado para participar da equipe do 13. Farei o possível para honrar este convite.
Parabéns, Clayton e equipe. O 13 HORAS funciona 24 horas por dia.
* João Manoel Oliveira King
Aposentado da área de Educação