MEMÓRIA 13 H / TREICHEL DELIVERY
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1º DE MAIO NA PRAÇA DA PAZ CELESTIAL
Por Clayton Rocha – Pequim, 1998.
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Chove em Pequim, mas a ausência do Sol não atrapalha em nada a marcante comemoração do 1º de maio na terceira maior praça do mundo, a Tiananmen, com 44 hectares, do tamanho de 63 campos de futebol, e perdendo apenas para Merdeka, em Jacarta; e para a praça dos Girassóis em Palmas, Tocantins.
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A capital, ( pronuncia-se Beijing, em Mandarim), tem 17 milhões de habitantes e situa-se no norte da República Popular da China. Os aplausos incessantes desta manhã estiveram voltados para a exibição de 5.000 soldados do Exército de Libertação Popular, este integrado por 2,3 milhões de militares, constituindo-se no maior Exército do mundo além de representar o segundo maior investimento em defesa do planeta.
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A solenidade, diante do imponente Palácio do Povo – e imperdível por conta de uma organização que beira ao detalhe – além das demonstrações de veneração ao país, apresenta ao público o desfile das grandes lideranças chinesas em carro aberto, a começar pela imponente limousine negra conversível que conduz o presidente Jiang Zemin.
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Estima-se que quinhentas mil pessoas assistiram ao vivo, quando famílias inteiras e crianças, vindas de todos os pontos da República Popular, são levadas a presenciar e a participar de momentos de tocante orgulho nacional. (Junto ao Mausoléu de Mao, por exemplo, pais e filhos, ajoelhados, respeitando grandes silêncios, batem pesadamente com a cabeça junto aos mármores da escadaria de acesso ao andar superior, onde se encontra exposto o corpo do Pai da Pátria, embalsamado e fardado, em uma urna de cristal a vácuo desde setembro de 1976).
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Vale destacar – por conta da grandiosidade dos atos deste dia – o complicado final de festa, quando chineses e turistas utilizam-se de todos os meios de transporte possíveis, dentre eles o rickshaw – (riquixá, em português), de tração humana, que é conduzido lentamente pelas grandes e intermináveis avenidas da impactante capital chinesa. Pois foi assim que retornamos ao Hotel Juanguo, na avenida do mesmo nome, num dos endereços de intenso deslocamento de pessoas pelos grandes parques de Beijing, onde dedicam-se aos exercícios físicos, aos espetáculos musicais e aos jogos de xadrez. (CR).