POLÍTICA NO PONTO – Clayton Rocha e Paulo Gastal Neto
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É MAIS TARDE DO QUE PENSAS!
(Medo de aventureiros!)
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Clayton Rocha – 13 H
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A esta altura da vida, e em pleno Século XXI, na data máxima dos 212 anos de Pelotas, temos o dever de questionar – até mesmo com análises e expectativas diabólicas – todo aquele que pretende assumir o comando de nossa terra. De antemão, necessário explicitar, no campo das nossas mais cruéis dúvidas, esses temores todos que assolam o nosso espírito.
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De minha parte, ei-las: Não suporto carreiristas mal intencionados. Aventureiros capazes de brilhar no filme ” Anjos e Demônios”, no papel de vultos teatralmente serviçais, mas exibindo-se como pessoas do bem, verdadeiros ” escravos” do povo humilde, e oferecendo aquele olhar de “ovelha” bondosa e desgarrada. Esse tipo de gente chega de mansinho, procurando convencer otários e deslumbrados de primeira hora, e percebendo que esse endereço de ingênuos será facilmente conquistado.
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Perguntas se impõem neste julho tão próximo da eleição, até mesmo porque já é bem mais tarde do que se possa pensar:
Somos mesmo uma terra destinada ao espírito dos aventureiros?
Nós nos abandonamos a valer?
Estamos politicamente mortos e não fomos avisados?
Não faremos mais nenhum tipo de cobrança quanto à qualificação do candidato?
Nosso slogan – diabolicamente falando – pregará o quanto pior, melhor?
Aceitaremos as propostas alheias sem ao menos discuti-las, silenciando quanto aos nossos desejos?
Somos uma porteira escancarada, sem capataz, à inteira disposição de qualquer um?
Somos a sede nacional do MOBRAL da política?
Somos um ” Centro de Amparo” ao analfabetismo político?
Estamos tendo um pesadelo em preto e branco à beira de um precipício?
A nossa indiferença, associada à nossa ingenuidade, será capaz de comprometer o futuro de Pelotas?
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O que será que pensam de tudo isso, lá no plano espiritual, homens do porte de Alexandre Cassiano do Nascimento, Gilberto Marinho, João de Mendonça Lima, Ildefonso Simões Lopes, Otávio Rocha, Mário Meneguetti, Bruno de Mendonça Lima, Coronel Pedro Luís da Rocha Osório, Mozart Víctor Russomano, Carlos Barbosa Gonçalves, Luís Simões Lopes, Procópio Duval Gomes de Freitas, Arthur de Souza Costa, dentre tantas outras celebridades locais.
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E você – leitor e eleitor – o que pensa de tudo isso? Peço-lhe que responda com serenidade, ciente de que a inteligência isenta de paixões é uma fortaleza. Sabendo ainda que nada incomoda tanto aos homens maus como a luz, a consciência e a razão. Pois essa é a pergunta que me motiva a saber esperar pela resposta. Faça isso, por favor, enquanto há tempo disponível. (CR-13 H)
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Palácio da Política
O apelido dado ao Palácio do do Comércio da ACP caiu como uma luva: – Palácio da Política!
Fernando Marroni, então deputado federal, encarregou-se disso. Pois esse endereço 13 Horas desde agosto de 2000, além de ser merecedor de credibilidade há quase 46 anos, cravou sua linha editorial num ensinamento de Cândido Noberto, esse amigo do peito, além de inesquecível, segundo o qual é preciso pensar em voz alta diante de um microfone. Esse tipo de gesto, amparado na franqueza absoluta, dará ao candidato – e estamos vivendo um ano eleitoral – um sinal de luz e de esperança ao eleitorado.
Eis aqui a proposta de um caminho único em busca das verdades necessárias, e por mais duras que sejam, capazes de devolver a credibilidade ao processo eleitoral. O eleitor de hoje, farto de conversa fiada e sobrecarregado de desesperanças, quer acreditar em alguém mas deixa-se envolver pela dúvida e pelos pontos de interrogações. Sugiro aos pré-candidatos, e aos nomes que ainda não estão inseridos no processo eleitoral, que repassem propostas carregadas de convicções inarredáveis, além de bem distantes do delírio.
As sempre perigosas entrelinhas eleitorais, associadas à duplicidade nas atitudes, além de eventuais falsidades captadas a olho nu, não nos levarão a lugar nenhum, senão ao endereço dos esgotos e à escuridão de suas águas miseravelmente contaminadas, pois o eleitor de hoje – na era de tantas informações – deixou de desempenhar o papel de bobo ou de otário da Corte.
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Senhores pré-candidatos: – Considerem, enquanto ainda é possível, a crueldade dessas verdades para que venhamos a salvar, todos nós, esse instigante processo eleitoral de 2024.
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Linha – A Infra S.A, controlada pela União através do Ministério da Infraestrutura, lançou uma licitação para elaboração de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) visando à implantação e exploração de transporte ferroviário de passageiros em seis trechos no país, em regiões que já contam com vias férreas. O trecho entre Pelotas – Rio Grande – Pelotas está na pauta, pois o governo pretende aproveitar ferrovias existentes para o transporte de cargas, mas que estão subutilizadas, com o objetivo de implementar as futuras linhas de passageiros.
Nos últimos dias, a empresa habilitou um consórcio de empresas participantes. Os trechos foram agrupados em dois lotes. O Lote 1, também denominado Lote Nordeste, será composto pelas ligações ferroviárias entre Salvador (BA) – Feira de Santana (BA); São Luís (MA) – Itapecuru Mirim (MA) e Fortaleza (CE) – Sobral (CE).
Já o Lote 2, denominado Lote Centro-Sul, agregará as ligações Brasília (DF) – Luziânia (GO); Rio Grande (RS) – Pelotas (RS) e Londrina (PR) – Maringá (PR).
O Consórcio Ferroviário Evtea foi habilitado para os dois lotes. O grupo é formado pelas empresas Systra Engenharia e Consultoria Ltda. (líder); Houer Consultoria e Concessões Ltda.; Tylin Brazil Ltda. e m Viana Sociedade de Advogados.
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Até a próxima!