NÃO QUERO UM ANO NOVO, QUERO UM ANO VELHO

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NÃO QUERO UM ANO NOVO, QUERO UM ANO VELHO

Por Paulo Gastal Neto*

2020 vai embora e nos remonta a um ano de muitas dificuldades individuais e coletivas. Se vai e nos deixa uma herança irracional com as perdas próximas, que nos fizeram sofrer e mergulhar em uma quase agonia.

Ele, 2020, vai embora e porém, de um segundo para o outro quando chegar 2021, não haverá um passe de mágica que transforme nossas vidas num encantado paraíso. As mudanças só virão com um amplo compromisso e entendimento coletivo de autoridades políticas, médicas e científicas que sejam responsáveis. Sinceramente, se alguém sente alguma segurança, eu não as visualizo!

Este, portanto é um fim de ano de resiliência, comedimento nas comemorações. Não percebo – em mim – um entusiasmo para encontros ou festas que não sejam com os restritos a um pequeno grupo que me compreenda. Então que 2021 não seja feliz, mas que seja menos rude que 2020 e que muitas coisas ruins que aconteceram sejam amenizadas por ações acertadas! A primeira delas e principal é a de que os governantes assumam a condição de líderes e proporcionem às pessoas um amplo programa nacional de imunização, a partir da aquisição das várias vacinas que já estão no mercado. Mais de 40 países estão vacinando seus povos.

Que os profissionais da área da saúde sejam os primeiros e emergencialmente imunizados em decorrência do cansaço, da saturação e estafa que sentem nas frentes de trabalho pelo Brasil afora. Não necessito de um feliz ano novo! Quero tão somente um ano velho! Um ano onde se tinha um direcionamento e um pouco de normalidade e tão somente isso. Na verdade queremos Vacina.

*Radialista e editor do www.pelotas13horas.com.br