MDB APROVA COLIGAÇÃO COM PSDB E INDICA GABRIEL SOUZA VICE DE EDUARDO LEITE

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Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa do RS esteve lotado neste domingo. Foto: Divulgação.

Em convenção, partido abriu mão da candidatura própria e vai indicar vice de Leite

Neste domingo (31/07), durante a convenção estadual do MDB do Rio Grande do Sul, realizada na Assembleia Legislativa, o partido decidiu se aliar ao PSDB na disputa pelo governo do Estado e indicar o vice na chapa encabeçada pelo ex-governador Eduardo Leite. Também neste domingo, a convenção do PSDB confirmou Leite para a disputa ao Piratini. Apesar de a oficialização do nome do vice ainda depender da chancela da Executiva do MDB, está consolidado que ele será o deputado estadual Gabriel Souza, que até este domingo era o pré-candidato do MDB ao governo.

A candidatura própria foi derrotada no voto. Na cédula, os convencionais tinham que escolher entre duas alternativas. Gabriel Souza candidato a governador ou Indicativo MDB nacional (coligação do PSDB – indicação pelo MDB do candidato a vice). Dos 473 emedebistas que votaram 239 optaram pela aliança e 212 pela candidatura própria. Houve 18 votos nulos e quatro brancos. A escolha não foi pacífica mantém o racha do partido, dividido ao meio entre ter candidato ou apoiar os tucanos.

Lideranças como o ex-governador José Ivo Sartori, o ex-senador Pedro Simon e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, todos contrários a união com o PSDB, optaram por votar logo na abertura dos trabalhos e deixaram o evento em seguida. Desta forma, não participaram do momento de discurso dos líderes e nem do ato político após o encerramento da votação.

Mesmo com as ausências, nos bastidores do evento continuaram as trocas de acusações que ocorrem há meses entre os grupos que se apresentaram como favoráveis à candidatura própria e os defensores do apoio a Leite. Todos se acusam de “jogo duplo”. Os contrários a aliança com o PSDB seguem afirmando que Gabriel se apresentava publicamente como candidato mas, internamente, trabalhou com força para ser vice de Leite.

Os apoiadores de Gabriel afirmam que parte das lideranças, como Melo, não entrou de fato na campanha pela candidatura própria, restringindo seus movimentos à declarações a imprensa e maniFestações em redes sociais. – Não fizeram campanha pela candidatura própria entre delegados no interior. Com exceção do Osmar (Terra), não pediram votos, não se empenharam em ligar para os delegados – aponta uma das lideranças próximas de Gabriel. A afirmação faz referência direta ao peso das coordenadorias que, em tese, são áreas de influência de Melo, Sartori ou Alba, entre outros. E que poderiam ter gerado outro resultado