EDU LANG, CEDO DEMAIS PARA MORRER
Por Clayton Rocha
AH, 2020!
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Ah, esse 2020 interminável!
O empresário Eduardo Lang continua sendo para os seus amigos o Edu, simplesmente o Edu. Ele é um dos nossos! É uma das referências daqueles anos 70, feitos de sonhos e de grandes projetos de vida, de bares, boites, churrascadas, Rallyes Universitários, intenso convívio, gargalhadas fáceis e certezas quanto a um mundo que a todos nós parecia interminável.
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Era o tempo dos Beatles e dos Rolling Stones, da calça de brim e de uma juventude que vivia em estado de graça!
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E Eduardo Lang, ele era um dos nossos! Pois o relógio implacável da vida nos fez chegar a este sábado, 5 de dezembro de “2020”. Bate o Sol na tarde de temperatura amena enquanto os recolhimentos caseiros nos tornam pessoas um tanto silenciosas e preocupadas, não com o futuro, mas com o momento seguinte. E agora, o que virá? Qual será a próxima má notícia? Estamos todos, a esta altura dos acontecimentos, fartos do ano de 2020! Ninguém suporta mais a extensão inaceitável de suas crueldades.
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E qual será a próxima notícia? Pois essa partida do Edu, assim, no mais, levando consigo – e com o seu sorriso – um pouco da poesia que ainda nos resta, é a bordoada do dia. Tantas tem sido as perdas, sucessivas, intermináveis, que pedaços nossos também partem juntos com esses afetos queridos que fazem parte da história de nossas próprias vidas.
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Edu, liberta pouco a pouco a tua alma, discerne o justo e aprende a partir de agora o significado das coisas eternas. Já estás em condições de perceber que a Sagrada Natureza te revelará seus mais ocultos mistérios. Amigo: segue a intensidade desta Luz que te envolve agora, e não olha para trás! Há um céu azul e branco diante de ti, além da generosidade dos raios do Sul! Vai, pois, antecipando-te a nós, em busca do grande mistério.
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Esta tarde de sábado, Edu, feita de calmaria e de brilhos, no trecho derradeiro de um “2020” que ficará tristemente guardado em nossa memória, continua sendo, apesar de tudo, uma tarde ideal para voar. Pois que seja livre esse teu voo, agora sinalizador de liberdade! E quanto maior for a altitude atingida – tu que és agora pensamento e luz- transforma em prece esse teu silêncio interior para alcançares a sintonia plena com o Criador. Nós já sabemos que Ele tudo pode.