DIRETOR-PRESIDENTE DO TECON RIO GRANDE PALESTROU NA ACP

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Segundo Paulo Bertinetti, Rio Grande tem a maior concentração de cargas do Cone Sul, chegando a um calado esperado de 15 metros e sem restrições a movimentação vinda de Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai. (Foto: Paulo Rossi)

Diretor-presidente do Tecon Rio Grande palestra sobre crescimento do terminal em reunião-almoço da ACP

Em reunião-almoço de casa cheia, a Associação Comercial de Pelotas (ACP) recebeu na quinta-feira, 15.05, o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, que destacou a importância do Terminal de Contêineres e do Porto de Rio Grande para toda a região e a necessidade de mobilização conjunta de empresários e entidades empresariais para que seja alcançadas as reivindicações que tragam melhorias e maior competividade, com ganhos para todos.

Rio Grande tem a maior concentração de cargas do Cone Sul, explicou o presidente, chegando a um calado esperado de 15 metros e sem restrições a movimentação vinda de Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai.

Bertenetti recordou o histórico da Wilson Sons, fundada em 1837, e a sua chegada a Rio Grande em 1888, onde permanece até os dias atuais. Sobre o Tecon Rio Grande, que completa 28 anos, o convidado da ACP relatou seu desenvolvimento, alcançando hoje 20 mil metros quadrados de área de armazenamento. Sua eficiência torna-se referência para o envio de cargas pelo Porto de Rio Grande, disse o palestrante, indicando, no entanto, a necessidade de oferecer melhores condições em termos de prazos e redução de custos. “Rio Grande é um porto no país. Montevidéu é o porto do país”, alertou Bertinetti, que é o presidente da Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande.

O presidente da ACP, Fabrício Cagol, elencou alguns avanços que beneficiarão a região, como o edital para o funcionamento da segunda ponte no trajeto entre Pelotas e Rio Grande. Em relação à liberação da Usina de Candiota, o palestrante traçou questões pontuais para o incremento do Tecon Rio Grande, como condições físicas ao seu desenvolvimento já existente, um Distrito Industrial em área contígua, uma forte ação de exportação e importação, com a melhoria dos processos fiscais, e a eliminação de restrições de acesso, com atenção especial às hidrovias gaúchas.

Atualmente, a suíça Mediterranean Shipping Company (MSC) é a principal acionista da Wilson Sons, com 68% do seu capital, e as obras de ampliação do Tecon Rio Grande já estão com licença ambiental aprovada e em um ano devem estar completamente definidas, contou Bertinetti no encontro. Inicialmente, devem receber investimento de R$ 500 milhões. Até o segundo semestre deste ano a venda da Wilson Sons deve estar concluída e o Tecon Rio Grande é parte do negócio de R$ 4,352 bilhões, que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) analisa.