O OCASO DA DIPLOMACIA AMERICANA
Ivon Carrico*
Logo após a II Grande Guerra quem disse que a paz e a concórdia se estabeleceram?
Ao contrário, ainda na década de 50, do Século passado, tivemos a Guerra da Coréia.
Os americanos, com a nova ordem mundial do pós-guerra, se aventuraram em um conflito inglório, obtendo – então – resultados pífios. A prova disso é a presença – hoje – do Kim Jong-Um, uma figura grotesca e bizarra, na atual liderança norte-coreana.
Não satisfeita com esse revés, a Diplomacia americana entrou, ainda na década de 60, em uma nova aventura – a Guerra do Vietnã.
Mas, em outubro de 1972 os negociadores acharam uma fórmula para acabar com esse conflito. Assim, por conta desse entendimento o Le Duc Tho, Representante norte-vietnamita, e o Henry Kissinger, o então poderoso e, quiçá, o mais famoso Chefe da Diplomacia americana foram agraciados em 1973 com o Nobel da Paz. Todavia, o Le Duc Tho não aceitou essa honraria.
A participação americana no Sudeste Asiático se transformou, talvez, no maior vexame da Diplomacia e das forças armadas estadunidenses.
Corroborando isso temos – em 1975 – as imagens da espetacular fuga, em helicópteros, de diplomatas e soldados da Embaixada americana, em Saigon.
Ainda, em 1979, tivemos a inusitada invasão da Embaixada americana, em Teerã, no Irã, quando da ascensão ao Poder do Aiatolah Khomeini, feroz opositor da política exterior estadunidense.
A seguir, não satisfeitos com essas retumbantes derrotas, os USA – ocupando o vácuo deixado pelos russos – invadiram o Iraque e, depois, o Afeganistão.
Aqui, não se precisa detalhar os fracassos decorrentes da participação americana nesses conflitos. O Iraque, hoje, é um arremedo de País. Já no Afeganistão basta ver as dantescas cenas de fuga no Aeroporto de Cabul.
Lembram aquelas da Embaixada americana em Saigon e a saída humilhante do seu pessoal em Teerã.
*Ivon Carrico é pelotense, mora em Brasília, atuando na administração há quase 50 anos. Atuou na ANVISA e na Presidência da República. (Brasília, 16/08/2021)
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