NOTA SOBRE AS ELEIÇÕES EM PELOTAS
Venho a público, em primeiro lugar, expressar meu agradecimento ao povo de Pelotas, que, por duas vezes seguidas, me conduziu à condição de prefeita da cidade.
Tenho certeza de que, independentemente dos caminhos que eu venha a trilhar, jamais assumirei posto que me traga maior satisfação, honra e emoção do que este que galguei pela confiança e pelo carinho da população de Pelotas.
Sinto um orgulho enorme dos governos que fizemos, transformadores, proativos, sensíveis e responsáveis. É chegada a hora, porém, de passar o bastão a outra gestão.
Desta vez a população decidiu que os destinos de nossa cidade serão conduzidos, nos próximos quatro anos, por um grupo político diferente. Respeito profundamente essa decisão livre e soberana do povo de Pelotas. Decisão que coloca a mim e a meu partido na oposição, seja qual for o resultado das urnas no segundo turno. Seremos na oposição o que fomos no governo: responsáveis, comprometidos com o interesse público acima de qualquer outro e priorizando os mais vulneráveis.
No entanto, entender qual o papel me foi reservado pelos eleitores não me dá o direito de me omitir. Tampouco me tira o direito de me posicionar sobre o processo eleitoral em curso.
Meu amor por Pelotas e o conhecimento que adquiri sobre a máquina pública, seus desafios e suas limitações não me permitem ficar indiferente. O que está em jogo é grande demais.
Por isso, declaro que votarei neste segundo turno nos candidatos Fernando Marroni e Dani Brizolara. Recomendo o mesmo posicionamento àqueles que me acompanham mais de perto na jornada honrosa e desafiadora da política e àqueles a quem minha opinião possa ter algum valor. Será um voto crítico, ou seja, sem participação em eventual futuro governo.
Escolho o campo democrático, que é o nosso, escolho o caminho mais seguro, conhecendo a complexidade da gestão municipal e já tendo sofrido as consequências dos riscos conhecidos e daqueles inesperados que ameaçam nosso planeta e nossa sociedade.
Há alguns valores que nunca abandonei e dos quais jamais abrirei mão: democracia, ética, respeito ao pensamento divergente, supremacia do interesse público.
Paula Mascarenhas
15 de Outubro de 2024