BENDITO E.C.PELOTAS, MEMORÁVEL RETORNO AO GAUCHÃO!
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Clayton Rocha*
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Altos méritos dessa camiseta azul e amarela. E especialmente hoje – nesta hora de lembrar que para estar junto desse “Lobo” guerreiro e vitorioso não é preciso estar perto, mas sim do lado de dentro!
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Fui setorista do Esporte Clube Pelotas aos 17 anos de idade: Piva, Hermínio, Osmar, Walmir e Severo; Serafim (Luizito) e Jara; Sidnei, Leal, Wálter e Paraguaio. Convivi, e muito, com Oswaldo Azarine Rolla, o Foguinho, esse símbolo do futebol do Rio Grande do Sul.
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Guardo no coração aquele Edgard de Moura Ronhelt vitorioso dos velhos tempos. E Joaquinzinho? Um craque completo em campo, esse nome que permanece vivo lá na Boca do Lobo! E Walmir Louruz, exemplar, admirável, pura humildade, preservado na galeria dos grandes nomes do E C Pelotas. E naqueles sinais luminosos, e ainda hoje, e por certo, o torcedor do Lobo lê o nome de Hermes Rianélli – Hermínio – essa liderança incontestável cujo futebol deu alta qualidade ao time da Avenida Bento Gonçalves. E perto dele, Osmar, o Gauchão, essa lenda da Boca do Lobo, uma “marca registrada” na zaga do E C Pelotas!
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E a dupla Leal e Wálter da Silva que se entendia por música? Os dois deixaram marcas contundentes na condição de goleadores natos e de referenciais de uma época de ouro! E Moacir Otílio Alves – o prefeito de hoje – o craque de ontem! Esse Chola que a Boca do Lobo guarda com sinais de respeito e de admiração.
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E se uma “homenagem especial” devesse ser prestada nesta data histórica, é impossível esquecer Getúlio Saldanha, esse “Gê” que viveu no “coração” da Boca do Lobo como poucos.
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E Flávio Luiz Gastaud, o presidente – esse vencedor de jornadas históricas que entregou-se por inteiro à Boca do Lobo com os seus sinais de devoção à camiseta azul e amarela! (Gastaud, aqui eu o saúdo pessoalmente, por tratar-se de um velho e querido amigo do coração).
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Eis a minha mensagem espontânea – e até emotiva – porém saudosista, e que é assinada por um jovem setorista da Boca do Lobo, alguém que conviveu com vultos marcantes de uma outra época! Mas vultos esses que – presentes ou ausentes – quer estejam aqui ou no andar de cima – devem ter despejado justas e merecidas lágrimas de alegria pela histórica conquista, nesse memorável retorno à elite do futebol do Rio Grande do Sul.
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Ao torcedor “Azul e Ouro” – finalmente – aos daqui e aos de outros lugares, vale expressar: – Se todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos, para estar junto a esse “Lobo” guerreiro e vitorioso de hoje não é preciso estar perto, mas sim do lado de dentro! Afinal de contas, nenhuma instituição humana é duradoura se não tem por base um sentimento.
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Áureo-cerúleos: – É tempo de comemorar, pois o relógio não existe nas horas felizes. (CR).
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*Jornalista e coordenador do Treze Horas há 46 anos.