A ‘VENEZUELIZAÇÃO’ DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
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Ivon Carrico*
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Era um grande País onde a linha sucessória do Presidente da República estava bem definida nos devidos ajustes constitucionais para evitar, digamos, surpresas inesperadas.
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Mas, eis que aí emerge uma figura lateral da cena política. Uma figura um tanto loquaz, inconsequente, com um grande viés autoritário.
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Assim, para surpresa de todos, após a saída do seu antecessor, esse folclórico cidadão comparece ao certame e leva as eleições majoritárias.
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Claro, que já no primeiro Mandato mostrou e demonstrou do que era capaz. Promoveu feroz perseguição aos seus opositores. Esmerando-se, ainda, na produção de inacreditáveis ‘fake news’ e de narrativas favoráveis aos seus propósitos.
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Após o término do seu Primeiro Mandato teve, contra si, várias denúncias em vários fóruns. Ele nunca foi uma figura coerente, daí que nunca foi fiel aos seus seguidores. Tanto que muitos que invadiram os próprios da União se viram, após, órfãos. Com chifres ou sem chifres, com buzinas ou não, foram pra cadeia.
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Em seguida à posse em novo Mandato com o Congresso na mão, pois tinha maioria nas 02 Casas legislativas atacou os servidores públicos e promoveu feroz campanha contra juízes e promotores. E, para – também – conseguir um 3° Mandato. Talvez, um 4° ou 5° Mandatos…
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Sua política exterior consistiu em detonar antigos países aliados. Disse até que iria tomar um país vizinho, chamando a Imprensa para mostrar – em um novo Mapa-múndi – a incorporação territorial desse aliado. Mudou até o nome geográfico dessa Região.
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Dificil acreditar como foi possível o Nicolas Maduro promover tantos desajustes na Venezuela e expandir suas práticas para outras tantas latitudes e longitudes. Nunca a ‘venezuelização’ esteve tão em voga nas relações internacionais.
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*Ivon Carrico é pelotense, mora em Brasília, atuando na administração há quase 50 anos. Atuou na ANVISA e na Presidência da República. Brasília – 02/04/2025
