A MELANCÓLICA SAÍDA DA FORD
Ivon Carrico – De Brasília
Surpreendeu alguns desavisados a saída dessa Montadora do Brasil onde estava presente desde 1919.
Todavia, já na década de 80 com a entrada de empresas japonesas no mercado automobilístico a cidade de Detroit, nos USA, onde nasceu e floresceu essa indústria e Sede mundial da GM e da Ford, começou a ver a sua economia declinar em virtude de latentes dificuldades financeiras das suas montadoras que não faziam frente às novas concorrentes.
Por sua vez, a globalização empreendida após o final da Guerra Fria, no início da década de 90, jogou a pá de cal, pois capitais americanos migraram para outras regiões do planeta (em busca de mão de obra barata) causando enorme quebradeira e desemprego nos Estados Unidos.
A inviabilização da sua indústria automobilística que já era iminente não resistiu, também, aos recém chegados ‘players’ coreanos e chineses.
Em seu auge Detroit era uma rica e glamurosa cidade. Com 1,8 milhão de habitantes. Hoje, empobrecida tem 700 mil. Em 2013 a cidade quebrou!!
Aí a Ford já era um arremedo da sua outrora pujança. À empresa faltou investimentos e arrojo empresarial. Sucumbiu. Como a Kodak e outras. Não acompanhou a velocidade das transformações. Quedou-se na glória passada do seu fundador, Henry Ford.
Já, essa Pandemia veio potencializar suas dificuldades de caixa não restando saída outra que deixar, também, o mercado brasileiro.
Lastimável a perda de 5.000 postos de trabalho. Triste e desolador. (Ivon Carrico)