POLÍTICA NO PONTO – Clayton Rocha e Paulo Gastal Neto
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UM MENINO, UM CAMINHÃO E UMA RETROESCAVADEIRA! (E uma reação “Zero” da comunidade inteira).
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E esse silêncio todo de nossa parte? O que somos, hoje? Talvez sejamos mesmo uma pista de aterrissagem para vultos sem escrúpulos. Avalie conosco – por favor – esse triste episódio de dois dias atrás: um menino de 16 anos, acompanhado de outro jovem, conduzindo um caminhão vindo de Bagé com uma retroescavadeira em cima, e que – sem nenhuma resistência – adonou-se da Avenida Bento Gonçalves pilotando numa velocidade fora dos padrões recomendáveis, derrubando sinaleiras, arrancando a fiação dos postes, infernizando o trânsito num dos pontos mais movimentados da cidade e….depois de um bom tempo, batendo em retirada sob a proteção de um silêncio comunitário sepulcral.
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Pior, o episódio recebeu ” atenção zero” de todos nós, jornalistas, radialistas, políticos, não políticos, cidadão comuns, os mais altos vultos, os menores vultos comunitários, etc etc etc
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Vamos pensar juntos, pelo menos agora: – O que somos hoje? Somos vultos sem voz, sem indignação, sem têmpera, sem energia, sem projetos de vida, sem discurso…e sem nenhum propósito em benefício de nós mesmos?
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No papel de Zumbis das ruas, com um esparadrapo na boca, não somos mais capazes de externar nenhuma reação! Pergunta-se mais uma vez:- Somos vozes caladas e 100% inúteis, além de miseravelmente acovardadas? Diante deste triste episódio do caminhão com a retroescavadeira a bordo, o nosso “silêncio coletivo” é, no mínimo, além de vergonhoso, um retrato muito bem acabado da paralisia de cada um de nós diante de espetáculos de estupidez desse porte.
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Hoje, infelizmente, procura-se num palheiro esse sinal mínimo de indignação numa hora de tantas e tão assustadoras interrogações quanto ao comportamento abusivo e irresponsável de alguns, que se mostram indiferentes aos danos que possam causar à sua própria terra. (Exemplos: bustos, placas e símbolos históricos arrancados e vandalizados, mais a pichação de prédios referenciais de Pelotas, valendo ainda destacar a agressiva ação de anônimos com o objetivo de descaracterizar o monumento ao Coronel Pedro Osório).
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Somos tolos, miseravelmente tolos? Percebe-se a olho nu que estamos botando fora todo o legado de vultos admiráveis do passado que colocaram Pelotas nas altas esferas do Império e da República, além de qualificá-la por conta de pioneirismos memoráveis. Pois se o tolo não se faz, já nasce feito, na expressão de Machado de Assis, e se isso instalou-se em nossos comportamentos na pobreza criativa de cada dia, necessita-se urgentemente de alguns sinais de lucidez, de indignação e de comprometimento coletivo nesse nosso dia a dia na Cidade de Pelotas.
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De antemão, registre-se e publique-se: – Os culpados somos todos nós, e essa é a consciência necessária. Está faltando – a todos nós – ” amor” ao lugar, comprometimento com o endereço de nossas vidas e muito “respeito” ao que é comunitário!
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Pois talvez – a esta altura – uma só pergunta seja capaz de tornar-se labareda indispensável ao “aquecimento” do nosso próprio espírito: – Afinal de contas, qual é a Pelotas que queremos para nós e para os nossos próprios filhos neste Século XXI ?
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(Caro leitor: Favor pensar numa resposta necessária durante os próximos minutos!).
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Vergonha – O deputado federal Daniel Trzeciak-PSDB publicou semana passada uma matéria, repicada aqui no site do Treze Horas, chamando a atenção para o atraso da obra de duplicação da BR-116, trecho sul entre Guaíba e Pelotas. Seria cômico se não fosse triste o descaso de, agora, mais de doze anos desde o início das obras. Na terça-feira, 20 de agosto, o calendário marcou o início das obras, lá em 2012. Desde então, uma das principais bandeiras do Treze Horas. Mesmo que faltando pouco mais de 30% de pistas serem duplicadas, o histórico da obra mostra o quanto tem sido difícil para o Governo Federal terminar aquela que é considerada uma das principais demandas regionais, enfatizou o deputado da região. Já são dez anos de atraso na promessa de conclusão – para 2014 -, quatro presidentes da República e centenas de milhões de reais despejados nos trechos entre os 12 municípios cortados ao longo do caminho. Uma vergonha, um descaso e uma constante mentira para a população do sul do RS.
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AMP – A Associação Médica de Pelotas, presidida pelo médico Dr. Silvio Reis (foto), obstetra, completará 84 anos em novembro próximo. Uma data marcante que mobilizará a comunidade pelotense. A cidade conta hoje com 1742 médicos, sendo que 555 são associados da AMP. A entidade nasceu pela ideia de seis médicos, em 1934, e começou as suas atividades dentro da Biblioteca Pública Pelotense.
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Rio Grande – Inaugurou em Rio Grande, esta semana – quinta-feira, 22.08, Clínica Oftalmopampa, em Rio Grande. A Oftalmopampa surgiu há mais de 40 anos com o propósito de oferecer excelência em diagnóstico e tratamento oftalmológico para os pacientes do interior do Rio Grande do Sul. São oferecidas consultas, exames e cirurgias. O diretor regional do SIMERS – Sindicato Médico do RS, Dr. Marcelo Sclowitz e a delega de Pelotas, Dra. Berenice Scaletzki participaram do evento. A Oftalmopampa pertence aos médicos Anderssen Gomes, Marcelo Niemiec Teixeira, Ricardo Niemiec Teixeira e Dra. Lais Soares.
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Até a próxima!