ARTIGO – RÁDIO E WHATSAPP, A IRMANDADE NECESSÁRIA!

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RÁDIO E WHATTS APP, A IRMANDADE NECESSÁRIA!
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Clayton ROCHA*
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Imbatível, sim. E fácil de ouvir, porque instantâneo desde aqueles tempos vencidos, agora valorizados mais ainda por conta de uma parceria respeitável com o WhatsApp durante as 24 horas do dia, de qualquer que seja o endereço de suas andanças.
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Sou do tempo da galena, do telégrafo, do telex, do rádio de pilhas, da “Voz do Povo”, da máquina de escrever, mas aos poucos passei a receber os benefícios dos grandes avanços no campo da Comunicação. E bem mais tarde surgiram os celulares do tamanho de “tijolos”, objetos do desejo de qualquer profissional de rádio, de jornal e de Tv. Tudo tornava-se mais fácil na missão de informar, e de qualquer lugar, da rua, de casa, do interior de um carro ou de um ônibus, notícia esta que era transmitida com “energia na palavra”, na lição de Armindo Antônio Ranzolin, esse profissional admirável que merece ser recordado neste instante.
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E veio a Internet, e nasceram as Redes Sociais, e surgiu – em benefício do rádio – essa maravilha que atende pelo nome de WhatsApp. Através dele, hoje, temos todas as geografias do mundo ao nosso dispor, instantâneas, além de imagens e de fotografias.
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O WhatsApp – essa “janela aberta” para o mundo – também não nos deixa experimentar sensações pessoais de isolamento ou mesmo de abandono. E quanto ao rádio, o vício de nossas vidas, (muito especialmente no Rio Grande do Sul), esse aproveitou-se a valer do WhatsApp, a quem deve homenagear, na medida em que se beneficia de informações mundiais instantâneas, muitas delas ricas em conteúdos, precisas em detalhes, ajudando a mostrar toda a sua força além de sua “imortalidade” em quaisquer que sejam os Continentes, tendo como bandeira o imediatismo da radiofonização. Acrescente-se a tudo isso – em prol da valorização de uma reportagem – a necessária qualificação do “Repórter” ou do “Correspondente”, através do grau de criatividade que sua fala impõe; da espontaneidade quanto ao que transmite, e de uma necessária riqueza de detalhes capaz de fortalecer a cobertura na seriedade da palavra expressada.
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Por fim, que benditas continuem sendo as energias do rádio, tantas vezes considerado um veículo em dificuldades, mas a cada dia mais vivo, mais vibrante, mais ágil na transmissão de notícias e capaz de acompanhar o ouvinte onde quer que ele esteja.
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Numa transmissão especial feita da Muralha da China nos anos 90, e voltada para o uso de uma “voz” envolvida pela “emoção”, além de muita riqueza de detalhes, buscamos estimular a ” imaginação” do ouvinte quanto às distâncias e aos fatos históricos referentes à sua construção, mais a sua condição de uma das principais maravilhas da humanidade! Tal iniciativa alcançou grandes resultados graças à “audiência” obtida na ocasião, quando conseguiu despertar a ” curiosidade” de um ouvinte que apreciou a Muralha da China do jeito que quis, e em nome de sua própria imaginação.
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Esta jornada internacional mostrou-nos – mais uma vez – que além da “instantaneidade”, esta que é a principal marca do rádio, faz-se necessário acrescentar algo mais, ou seja, avaliar o comportamento da mente humana no papel de ouvinte, quando é tocada por uma espécie de “magia”, que se apoia no mistério, nas interrogações, na distância, no delírio, na poesia, na dúvida e – acima de tudo – no encantamento. (Pois o rádio é isso: – Ele vive de “instantaneidade” e de “imaginação fértil” por parte de seus ouvintes, esse binômio que o consagra e o eterniza). Graças a Deus!
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