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Ivon Carrico*
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Sob esse ‘slogan’ (Tirem as Mãos da Nossa Democracia) milhares foram, ontem, às ruas de Washington e das grandes cidades americanas e da Europa, em protesto inimaginável, contra o Presidente Donald Trump e o seu fiel escudeiro, Elon Musk.
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Mundo afora o protecionismo, implementado pelo enorme tarifaço e – que está sendo imposto pelo governo Trump, em suas relações comerciais com outros países – tem causado um clima de grande incerteza e preocupação, em diversos setores.
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É conhecido de todos que Trump, desde o 1° Mandato, tem verdadeira ojeriza ao Multilateralismo. Com essas práticas detonou – agora, por exemplo – a OMC/Organização Mundial do Comércio.
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Donald Trump, em 2016 e em 2024, em seu desiderato para a Casa Branca, tinha como plataforma a recuperação da indústria e o pleno emprego, em especial, no decadente ‘Cinturão da Ferrugem’. O que, entretanto, não ocorreu em seu 1° Mandato e que pretende implementar, desta vez.
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Esta Região, situada entre o Meio-Oeste e o Nordeste dos Estados Unidos, foi nos Séculos XIX e XX, o motor da economia americana. Ali se estabeleceram grandes siderúrgicas e o nascedouro da indústria automobilística, tais como, Ford e General Motors, dentre outros.
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Tenho, entretanto, que o declínio econômico americano é o preço pago pela chamada ‘globalização’, gerida nos laboratórios da Escola de Chicago, nos anos 1990.
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Tal política, ambiciosa, não associava a ética ao capital, pois visava o lucro fácil obtido pela migração de investimentos americanos para países, onde eram inobservados direitos trabalhistas e sociais. A Fatura, todavia, chegou e não adiantará, agora, querer socializar o prejuízo.
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*Ivon Carrico é pelotense, mora em Brasília, atuando na administração há quase 50 anos. Atuou na ANVISA e na Presidência da República. Brasília – 06/04/2025
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